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| A chiquita |
Nos meus tempos de infância quando a raposa era avistada na portela dos Sobreiros, junto à casa das cordas, alvoraçava-se toda a povoação a que se juntavam os latidos da cãozoada! Uns a recolher as galinhas, outros a armarem-se de varapaus "Ó Ti Eduardo venha com a sua espingarda!"...
A raposeta ladina ria-se do alvoroço e encaminhava-se sorrateiramente para o Vale das Cavadas e esperava pela noite, altura em que ia verificar se as portas e as redes das capoeiras estavam bem fechadas! E, então, ai das que não estivessem...
Com esta foi diferente... Desde o seu aparecimento, este Verão, foi batizada com o nome de "Chiquita", e tem sido acarinhada por todos. Aparece sempre com a noite já entrada, 22 horas, e começa por visitar a Eira Nova onde vai em busca de alimento, "batendo à porta" das casas da Isilda, da Fernanda, do Alfredo...
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| A Chiquita convive, como qualquer animal doméstico, com os maljoguenses! |
Mas o sítio de convívio com a povoação é na Eira Nova. Cada um traz as sobras do jantar e até há quem aprimore a refeição da raposeta com costeletas, perna de galinha e outros acepipes... E bem precisa a Chiquita pois apresenta as peles muito apertadas e o Inverno vem aí!...
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| Temerosa, ainda, mas já vem comer à mão! |
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4 comentários:
Ele há coisas impressionantes!
Não lhe falta um ar matreiro quando se abeira de um pedaço bem cheiroso de carne, mas vem de mansinho comer na mão de quem lhe quer bem. Oxalá nenhum imberbe tenha a coragem de fazer mal à Chiquita (por exemplo para colocar embalsamada no cimo das escadas, ou fazer um tapete para para pendurar na parede) , ignorância e pobreza de espírito é coisa que não falta por aí em algumas pessoas que se dizem deste mundo!
ÉH..malta,,,,, não a querem...vender,,, dar ,,Enpretar..etc etc? Aqui por S. Bento o pessoal adoraria ve-la de perto,uma vez que ela só a´noite é que aparece e É pra fazer estragos...
Afinal a chiquita é uma andarilha.Seria fome?curiosidade',ou a procura de algum amante que a fez subir o Cabeço da Porca e presentear o pessoal que lá no alto da capela das Cimadas festejava a passagem do Ano,
A todos cativou e de barriga cheia, lá partiu sabe-se lá para onde,mas antes de partir deixou a marca dos seus dentes no dedo do atrevido que a inportunou enquanto comia.Que seja feliz nos seus amores e venha aparecendo que a trataremos bem.
Parece que a nossa Chiquita se sociabiliza com as gentes das nossas terras, aliás, bem à semelhança dos bons laços que nos unem desde há muitas gerações. E o Cabeço da Porca ou o Lameiro da Serra, entre outros, são os mesmos caminhos que outrora levavam as gentes da Maljoga à escola das Cimadas, mas que também trouxeram casamentos à Maljoga! Bem haja à Chiquita por fortalecer estes nossos laços de amizade!
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