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É uma tradição que faz parte da matriz cultural da nossa aldeia, da nossa região, e do país. Estamos atentos à perda de tradições e ao abandono das práticas que nos trouxeram até hoje, e por isso, quisemos recriar aquela que é uma das festas populares mais celebradas por todo o país. Festa sim, porque não tem de ser uma barbárie a festa da matança do porco. É preciso humanizar um acto que faz parte da nossa tradição e que cujo princípio se encerra num ato de índole gastronómico!
Assim, ontem e hoje, 5 e 6 de Março, reunimo-nos, em festa, sob o patrocínio da tradicional matança do porco.
Morto o bicho havia que chamuscá-lo, com carqueja da Vermelheira está de ver, e como mandam as tradições:
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Não liguem ao número que identifica o animal, pois é uma esquisitice dos veterinários que não se usava noutros tempos! |
... entretanto havia que preparar as tripas para fazer as morcelas:
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O alimar das tripas é trabalho de mulheres... enquanto os homens curam as tendinites provocadas pelo espernear do animal, com uns tintos está de ver! |
As carnes iam sendo cortadas à maneira tradicional por pessoal entendido na matéria:
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O nosso presidente está em todas, pois é homem para todo o trabalho! |
... havia que encher as morcelas:
... pois sem elas não há fumeiro:
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Não ensalivem, meus amigos, pois se quiserem saber o que é bom só têm é que aparecer... para a próxima matança... |
Matança sem filhós não é matança e, por isso, também elas não podiam faltar:
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Estão bonitas, não estão!... E que apetitosas!... Acompanhadas com uma medronheira, são de comer e chorar por mais! Pois chorem que destas já não comem! |
Entretanto as carnes, assadas no forno, iam sendo trazidas para a cozinha:
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Está loirinha, a carninha! Acompanhada com salada de almeirão, estava bem saborosa! |
Havia que abrir a sessão degustativa dos manjares preparados e para tal tomou a palavra o nosso presidente e cozinheiro encartado:
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Temos de reconhecer que o nosso presidente, o Rui Lopes, tem jeito para estas coisas... mas isso por si só não chega! É preciso ter gosto e amor à Maljoga e este Maljoguense tem ainda muito para dar à sua terra! Só temos é que apoiá-lo, o resto virá naturalmente... |
Também o nosso pároco, padre Ilídio veio abençoar a nossa mesa:
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Somos uma comunidade cristã e a presença do nosso pároco faz todo o sentido. E o padre Ilídio, nosso pastor, sabe-o bem! Que Cristo-Rei nosso patrono o abençoe e nele a todos os Maljogueses, presentes na Maljoga e espalhados pelo mundo. |
... e depois foi ao ataque:
Como é bem visível o pessol não se fez rogado!...
... e, agora, vejam bem como é que se começa a gostar destas coisas:
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De pequenino é que se torce o pepino, diz o povo... e eu acrescento: este Maljoguense já reclama o que lhe pertence... e honra lhe seja feita! |
1 comentário:
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