A Eira,
lugar mágico
da minha infância ....
Moeiras a dançar
ao sol quente e
castigador,
do mês de
Julho!
Sacrifício do
trigo,
na pedra escura do
eirado !
Grãos de
ouro se amontoando,
alegria no coração
dos homens !
Corpos suados,
em ritmo acertado
....
Rostos marcados
pelo esforço da malha,
Entorpecidos pela
sede e o calor do astro Rei
Que, do alto, os dilacera.
Apressa-se a
criança, nessa luz do dia;
A cântara na
mão, fonte da vida,
Bate forte o
coração,
na ânsia de
chegar à Eira
O Sol vai alto
e a festa é
lá !
Lurdes Alves