Nos Encontros de Outono, é tempo de retemperar forças e encontrar bons e velhos amigos. Nesta terra que já se habituou ao ritmo paulatino da natureza, é pelo meio de uma melodia perfumada de tons de outono, que por estes dias se trocam as varas da azeitona e os panais..., pelo calor ameno de uma boa cavaqueira, no aconchego das mãos calosas... afagadas em apertos e abraços de amizade.... Trocam-se cumprimentos e rizadas, por entre breves tragos de um medronho vibrante, e uma água-pé que ainda faz latejar a boca. Esquecem-se os dias quentes de verão..., enquanto o inverno anuncia que já se pôs a caminho..., e pelos estradões..., num cortejo de cores quentes e melancólicas sente-se o uivar de um tempo que é certo... e de descanso..., é a natureza no seu momento de ternura, que se despede numa paleta organizada de cores e sabores da nossa aldeia!
E este domingo foi assim..., não eramos muitos, mas estávamos em família. Não houve foguetes nem outros malabarismos, mas não nos faltou o aconchego da amizade! Não era um manjar dos deuses, mas o leitão estava delicioso. Valeu-nos a mão afinada da Dª Lurdes (esposa do Joaquim) que temperou a preceito, os bons fornos aquecidos a lenha pouco resinosa, e a bondosa e já da casa cozinheira, a Dª Lurdes que veio lá dos lados da Cortiçada para compor o resto do ramalhete.
Não eram para aí sete e picos...mas uns trinta e tal bem contados, quase a roçar as quatro dezenas. E pelo meio..., rizadas e gargalhadas, onde não faltaram as castanhas e a água-pé nova, que ainda fazia latejar a boca..., promete estar melhor para o São Martinho! Para o ano há mais, mas entretanto, preparam-se já as Festas do Cristo Rei, que na nossa Maljoga se comemoram a 22 deste mês.
Até lá...e um abraço fraterno!
Rui Lopes
Pr. Direção ACRDS Maljoga de Proença-a-Nova