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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ode ao amigo

Ele há coisas que nos embargam a voz e nos deixam prostrados sobre a vida..., pensativos..., acomodados às lembranças das coisas boas que vamos construindo ao longo do caminho. Ele há pessoas que nos deixam sem dúvidas..., que nos tranquilizam o espírito sem dizer uma só palavra. Ele há pessoas que nos mimam com o olhar, que nos tocam com o pensamento sem saírem de si próprios.... Ele há pessoas que não se esquecem, são pessoas que nos enternecem só com o olhar.... Ele há pessoas que nos invadem com a enorme capacidade de dialogar, com a simplicidade de saber encantar.... Ele há pessoas boas, que se nos cruzam no caminho e nos deixam embevecidos com a sua forma de pensar.... Ele há pessoas assim..., como o António da Mata....Mas António da Mata...há só um; e esse..., bom esse..., foi ali a Castelo Branco e já vem...
No teu regresso, bate à nossa porta para que possamos dar dois dedos de prosa!
Até já amigo, até já António da Mata!


Poderias ter sido outro,
Mas não..., eras tu mesmo,
Poderias ter ido na corrente,
Mas não..., eras tu somente,
E somente chegavas...,
Com o jeito e o olhar meigo...,
De que eras tu mesmo.

De boas palavras na voz...no pensamento,
Pensamento de quem se envolve,
Num envolvimento fraterno, de quem reúne,
De quem une num só empenhamento....
Pensamento de saudade, gesto que nos comove,
De um amigo para todo o sempre,
Um espírito de alegria e contentamento.

Do sempre amigo, Rui Lopes
Janeiro de 2014



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